terça-feira, 22 de julho de 2008

Desabafos de um bom marido

Desabafos de um bom marido
(Luis Fernando Veríssimo)

Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.
Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento.
“Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!?” ela disse. Então eu sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.
Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica.
Então ela disse: “Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar”.
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se... O casamento é a causa número 1 para o divórcio.
Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.
Eu me casei com a “Sra. Certa”. Só não sabia que o primeiro nome dela era “Sempre”.
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: “O que tem na TV?” E eu disse “Poeira”.
No começo Deus criou o mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.
Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu devia consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.
Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei.
“-Quando você terminar de cortar a grama,” eu disse, “você pode também varrer a calçada.”
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida.
O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Rádio 104 de Quixeramobim

Alguém lembra de Odorico Paraguaçu?